sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Composição Fotográfica



A definição de composição fotográfica é simples: é a seleção e os arranjos agradáveis dos assuntos dentro da área a ser fotografada. Os arranjos são feitos colocando-se figuras ou objetos em determinadas posições. Às vezes, na mudança do ângulo de tomada, você pode deslocar sua câmera suavemente, acarretando uma mudança na composição.

Alguns instantâneos podem se tornar boas composições, mas a maioria das boas fotografias são criadas. Como você cria boas fotos? Primeiro, aprendendo as normas básicas para uma boa composição. Após ter aprendido o elementar, você concluirá que uma foto bem composta, frequentemente envolve planejamento cuidadoso e, às vezes, paciência.

Composição fotográfica Você concluirá que as normas de composição se tornarão parte de suas idéias quando estiver procurando motivos fotográficos e, em breve, elas serão algo normal para você. Neste programa, iremos discutir simplicidade, regra dos terços, linhas, equilíbrio, enquadramento e fusões. Considere estes itens não como regras, mas como simples orientações.

A primeira e, talvez, a mais importante das orientações, baseia-se na simplicidade. Procure formas que dêem maior atenção visual ao centro de interesse da foto. Uma das formas seria selecionar um fundo suficientemente uniforme, que não roube a atenção que o assunto principal merece.

Composição fotográfica Portanto, você pode simplificar suas fotos e reforçar o centro de interesse selecionando fundos simples, evitando assuntos não-relacionados com o assunto principal e chegando mais perto. Se você quer fazer o centro de interesse um pouco mais dinâmico, desloque-o ligeiramente fora do centro.

Você pode usar a regra dos terços como um guia para a colocação do assunto fora do centro da área fotografada.


Vejamos como funciona:

Antes de tirar a foto, imagine a área da fotografia dividida simultaneamente em três terços verticais e horizontais. As intersecções dessas linhas imaginárias sugerem 4 opções para a colocação do centro de interesse para uma boa composição. A opção depende do assunto e como você quer que ele seja apresentado.
Composição fotográfica
Você deve sempre considerar a direção do movimento dos assuntos e, geralmente, deixar espaço à frente, dentro do qual possam se movimentar.

Composição fotográfica
Você pode usar diagonais como linhas de condução a fim de proporcionar um direcionamento na foto. É um caminho simples e fácil para os olhos seguirem em direção ao assunto principal.

Composição fotográfica
Você pode também usar linhas repetidas para chamar a atenção do observador para o centro de interesse.

Composição fotográfica
Uma das mais comuns e atrativas linhas usadas na composição é a chamada curva em S.

Composição fotográfica
Conseguir bom equilíbrio também faz parte das recomendações para uma boa composição. O enquadramento e a disposição dos assuntos foram todos cuidadosamente selecionados a fim de poderem criar uma foto bem equilibrada.

Composição fotográfica
Equilíbrio perfeito é simplesmente arranjar as formas, as cores, as áreas de luz e sombra que se complementam mutuamente para dar uma aparência bem equilibrada.

Composição fotográfica
Enquadramento é o nosso quinto item para melhorar uma composição fotográfica.

Isto é, enquadrar o centro de interesse harmoniosamente com os objetos que se encontram em primeiro plano. Isto dá à fotografia uma sensação de profundidade, necessária para que a foto não seja considerada tão-somente um instantâneo.



Composição fotográfica Lembre-se: nós vemos as coisas em três dimensões, portanto, é mais freqüente do que se imagina as pessoas concentrarem-se somente no assunto principal e não perceberem que o fundo está interferindo.

Evitar fusões é a nossa sexta orientação para uma melhor composição.

A fusão de fundo é desagradável, e poderá roubar a atenção do centro de interesse. Fusões de fundo são objetos ou linhas que estão excessivamente juntas ao assunto principal. Neste caso, a árvore parece estar saindo da cabeça da menina.

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

A LIBERDADE GUIANDO O POVO (EUGÈNE DELACROIX)

 



A LIBERDADE GUIANDO O POVO


“Deve-se ser ousado até ao limite máximo; sem ousadia,
e até ousadia extrema, não há beleza”
Eugène Delacroix



Na tela acima, Eugène Delacroix [1798-1863] (importante pintor Francês do Romantismo) sentido-se culpado pela sua pouca participação nos acontecimentos do país, pintou A Liberdade Guiando o Povo(1830), um quadro que é antes de tudo uma homenagem à Revolução de 1830. A bandeira francesa tremulando nas mãos de uma liberdade resoluta e destemida, prestes a saltar da tela, impressionou um número não pequeno de espectadores.

Esta tela contém um detalhe curioso: o artista retrata-se a si próprio entre os combatentes, como revolucionário, na figura do jovem de cartola e fuzil na mão. Assim como os escritores da época que desejavam a ruptura com o Arcadismo em busca de formas literárias mais adquadas ao sentimento equilibrado do homem, o pintor exigis liberdade: recusava-se a meramente copiar as estátuas clássicas e não se submitia as regras acadêmicas de pintura, que impunham aos pintores o equilíbrio no uso das cores e das imagens. Delacroix, ao contrário preferia as cores vibrantes, gostava de opor luz e sombras e de pintar feições humanas emocionadas.
 




A figura central é uma mulher com uma boina frígia, representando a Liberdade e guiando o povo por cima dos corpos dos combatentes, transportando a bandeira tricolor da Revolução Francesa numa mão e uma espingarda com baioneta na outra.
Um cidadão mortalmente ferido esforça-se por contemplar, pela última vez, a Liberdade. A sua atitude em arco cria um elemento crucial na composição em pirâmide. O artista repete ainda as cores da bandeira no vestuário do moribundo.
O jovem patriota à direita da Liberdade representa um herói popular chamado Arcole, que foi morto no combate em redor do Hôtel de Ville.
À direita deste, são ainda visíveis sobre o fumo das armas as torres de Notre Dame, esvoaçando numa delas a bandeira tricolor.
A assinatura do pintor está traçada com ousadia a vermelho simbólico sobre as pedras das barricadas, à direita do jovem patriota.

4 detalhes de Liberdade Guiando o Povo se destacam:




1 – Bandeira Ao colocar o vermelho sobre uma mancha de céu azul, Delacroix destacou seu tom vibrante. As cores da bandeira se repetem na roupa do trabalhador aos pés de Liberdade.


2 – Expressividade do Céu A forma como Delacroix captou o céu mostra o caos da guerra urbana. Esta técnica do pintor francês combina a expressividade do romantismo com a estrita atenção ao detalhe do realismo, transmitindo emoção e permanecendo fiel ao tempo e lugar históricos.


3 – Pé de Liberdade O pé de Liberdade se encontra sobre a barricada, o que sintetiza um momento grandioso da batalha.


4 – Sombras As áreas sombreadas da pintura mostram como Delacroix dominava a técnica do chiaroscuro. Os fortes contrastes de sombra e luz, combinados com cores ousadas, acrescentam dramaticidade à Liberdade Guiando o Povo.

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Resumo de História da Arte

Oi! Pessoal, encontrei esse Blogger de Resumão de
Hitória da Arte para o vestibular e ENEM.
Estudem e boas provas.

Cliquem aqui: http://clubedaarteescolar.blogspot.com.br/2012/09/resumao-de-historia-da-arte-para-o_1908.html

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Geometrização da Forma

Geometrização da arte - Cubismo

O Cubismo foi um movimento que surgiu com Cezanne, em 1907, ao representar formas da natureza com cones, cilindros e esferas, e todos os lados de um objeto eram representados em um mesmo plano. Essa decomposição dos objetos acabava por não ter quase nenhuma fidelidade à aparência real dos mesmos.

Suas principais características são a geometrização das formas e volumes, a renúncia à perspectiva, a representação do volume colorido sobre superfícies planas, perda da função do claro-escuro, e cores austeras (do branco ao negro passando pelo cinza, por um ocre apagado ou um castanho suave).

O Cubismo teve influência sobre tendências posteriores, como o abstracionismo geométrico e o minimalismo.


Pablo Picasso foi um dos, senão o principal, artista do movimento.

Como todas as vertentes da arte, o Cubismo não deixou de se transformar em inspiração para a moda. No SPFW de 2003, a estilista Glória Coelho utilizou-se das formas simplificadas e cores típicas da vertente artística para criar sua coleção.


Gloria Coelho, São Paulo Fashion Week 2003

O Ponto, a Linha e a Forma

Gente, que legal!!!!! Encontrei no site da Acrilex .
Clique aqui: http://www.acrilex.com.br/educadores.asp?conteudo=62&visivel=sim&mes=26

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Fartura e Fome


Dois Mundos: Fome e Fartura –Desespero e Indiferença


O psicólogo americano Abraham Maslow, há muito tempo, publicou uma interessante teoria sobre as necessidades humanas. Segundo ele, existe uma hierarquia para estas necessidades, que é a seguinte:
  • necessidades de auto realização
  • necessidade de status e estima
  • necessidades sociais (afeto)
  • necessidades de segurança
  • necessidades fisiológicas
A medida que as que estão mais embaixo na lista vão sendo satisfeitas, vão surgindo as que estão na parte de cima da lista.

Abaixo você verá pares de fotos em que o “primeiro mundo” e o último dos mundos se contrapõem. De um lado os “povos desenvolvidos” se divertem desperdiçando comida, do outro, crianças morrem de fome.

Dos famintos nos sabemos em que local da hierarquia de necessidade eles estão, mas onde é que se encontram os desenvolvidos desperdiçadores indiferentes? Será que a teoria do Dr. Maslow carece de mais uma categoria de necessidades? Seria ela a necessidade do desperdício indiferente e injustificável?
Enquanto marmanjos sarados alegremente participam da “Tomatina”, uma guerra de tomates que ocorre anualmente na Espanha, onde são desperdiçadas tonelada e mais tonelas do alimento...

...na África, o bebê não tem força sequer para mamar o mirrado seio materno.

Enquanto a mulher européia (perceba como ela é “fraquinha”) se diverte fazendo em manteiga a escultura (feia e inútil!) de uma motocicleta...
...a criança nigeriana, esquálida e faminta, se contenta com simplesmente nada.


É um mundo difícil de entender, este no qual vivemos.

O que é Arte?


A arte é uma criação humana com valores estéticos (beleza, equilíbrio, harmonia, revolta) que sintetizam as suas emoções, sua história, seus sentimentos e a sua cultura. É um conjunto de procedimentos utilizados para realizar obras, e no qual aplicamos nossos conhecimentos. Apresenta-se sob variadas formas como: a plástica, a música, a escultura, o cinema, o teatro, a dança, a arquitetura etc. Pode ser vista ou percebida pelo homem de três maneiras: visualizadas, ouvidas ou mistas (audiovisuais). Atualmente alguns tipos de arte permitem que o apreciador participe da obra. O artista precisa da arte e da técnica para se comunicar.

Quem faz arte?
O homem criou objetos para satisfazer as suas necessidades práticas, como as ferramentas para cavar a terra e os utensílios de cozinha. Outros objetos são criados por serem interessantes ou possuírem um caráter instrutivo. O homem cria a arte como meio de vida, para que o mundo saiba o que pensa, para divulgar as suas crenças (ou as de outros), para estimular e distrair a si mesmo e aos outros, para explorar novas formas de olhar e interpretar objetos e cenas.


Por que o mundo necessita de arte?
 Porque fazemos arte e para que a usamos é aquilo que chamamos de função da arte que pode ser feita para decorar o mundo, para espelhar o nosso mundo (naturalista), para ajudar no dia-a-dia (utilitária), para explicar e descrever a história, para ser usada na cura doenças e para ajuda a explorar o mundo.

Como entendemos a arte?
O que vemos quando admiramos uma arte depende da nossa experiência e conhecimentos, da nossa disposição no momento, imaginação e daquilo que o artista pretendeu mostrar.
  
O que é estilo? Por que rotulamos os estilos de arte?
Estilo é como o trabalho se mostra, depois do artista ter tomado suas decisões. Cada artista possui um estilo único.
Imagine se todas as peças de arte feitas até hoje fossem expostas numa sala gigantesca. Nunca conseguiríamos ver quem fez o quê, quando e como. Os artistas e as pessoas que registram as mudanças na forma de se fazer arte, no caso os críticos e historiadores, costumam classificá-las por categorias e rotulá-las. É um procedimento comum na arte ocidental.
Ex.: Surrealismo

 
Como conseguimos ver as transformações do mundo através da arte?

Podemos verificar que tipo de arte foi feita, quando, onde o como, desta maneira estaremos dialogando com a obra de arte, e assim podemos entender as mudanças que o mundo teve.

Como as idéias se espalham pelo mundo?
  Exploradores, comerciantes, vendedores e artistas costumam apresentar às pessoas idéias de outras culturas. Os progresssos na tecnologia também difundiram técnicas e teorias. Elas se espalham através da arqueologia , quando se descobrem objetos de outras civilizações; pela fotografia, a arte passou a ser reproduzida e, nos anos 1890, muitas das revistas internacionais de arte já tinham fotos; pelo rádio e televisão, o rádio foi inventado em 1895 e a televisão em 1926, permitindo que as idéias fossem transmitidas por todo o mundo rapidamente, os estilos de arte podem ser observados, as teorias debatidas e as técnicas compartilhadas: pela imprensa, que foi inventada por Johann Guttenberg por volta de 1450, assim os livros e e arte podiam ser impressos e distribuídos em grande quantidade; pela Internet, alguns artistas colocam suas obras em exposição e podemos pesquisá-las, bem como saber sobre outros estilos.
Como mencionado anteriormente, estilo é como o trabalho se mostra, depois do artista ter tomado suas decisões. Cada artista possui um estilo único. Assim, Salvador Dalí tinha um estilo diferente de Picasso e de Tarsila do Amaral.

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Composição

Pessoal, encontrei esse link legal para vocês entenderem melhor sobre composição.É só clicar aqui.  

http://pt.scribd.com/doc/25077890/EDUVIS-COMUNICACAO-II

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Releitura


O que é releitura

A proposta dessa mostra é fazer um convite para se conhecer obras de arte em profundidade e, ao mesmo tempo, usar ao máximo a criatividade individual ao tentar recriá-las.
Um exemplo disso aparece já nas imagens criadas para a página de abertura da mostra, produzidas pelos ilustradores que trabalham no portal. Eles sabem que “reler” uma obra é totalmente diferente de procurar apenas reproduzi-la, pois é preciso interpretar aquilo que se vê e usar a criatividade. Venha fazer isso você também!
É importante observar que, ao recriar uma obra, não é necessário empregar a mesma técnica usada pelo artista. Na releitura de uma pintura, por exemplo, podemos nos valer de outras formas de expressão artística, como a escultura, a fotografia e a colagem.
O mais importante é tentar criar algo novo, sem negar a fonte que serviu de inspiração.
Uma proposta de releitura é também uma ótima oportunidade para estudar e analisar a obra do artista: o tema desse e de outros trabalhos seus, a técnica utilizada, a época em que viveu, detalhes de sua biografia, artistas que admirou, outros artistas de seu tempo...
A releitura não é uma técnica aplicada apenas na educação escolar. Há um sem-fim de casos de grandes pintores, escultores, poetas e músicos que a utilizaram para se aperfeiçoar, homenagear seus mestres ou mostrar sua preferência por alguma obra. Imitar os melhores e brincar com seu estilo, parodiar ou recriar seus trabalhos são atividades presentes na obra de qualquer artista.
No caso das artes, as atividades de releitura possuem um enorme valor educativo e, algumas vezes, geram resultados que se tornam conhecidos e redundam em seqüências de obras, em diferentes tempos e estilos. Um bom exemplo disso é o quadro de Picasso inspirado no famoso Almoço na Relva, de Manet, que o fez relendo um quadro de Rafael que, por sua vez, havia recriado uma obra de arte da Roma Antiga.
Mesmo quando não chegam ao público, essas atividades fazem parte da formação de qualquer artista verdadeiro, que sabe que só se cria o novo a partir de uma boa assimilação do passado.
Enfim, por trás de atividades de releitura de obras de arte de qualidade há uma ideia simples e sensata: ao imitar e reler criativamente os bons artistas, tornamo-nos melhores.

domingo, 5 de agosto de 2012

Texto sobre Arte Déco



Art Déco

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Art Déco foi um movimento que se manifestou na arquitetura, nas artes plásticas, no design gráfico, e no design industrial.
Surgiu na década de 1920 e ganhou força nos anos 30 na Europa e nas Américas.
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Edifícios, esculturas, jóias, luminárias e móveis são geometrizados.
Na arquitetura art déco, as fachadas têm rigor geométrico e ritmo linear, com fortes elementos decorativos em materiais nobres.
Alguns exemplos são o Chrisler Building, o Empire State Building e o Rockefeller Center, em Nova York, e os prédios da Ocean Drive, em Miami Beach.
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Diferentemente da Art Nouveau, mais rebuscada, a Arte Déco tem mais simplicidade de estilo.
CARTIERCHANEL

Tamara Lempicka - 1929
O movimento deve seu nome à Exposição Internacional de Artes Decorativas e Industriais Modernas, realizada em Paris, em 1925.
Na mostra, nus femininos, animais e folhagens são apresentados em cores discretas, traços sintéticos, formas estilizadas ou geométricas.

Sem abrir mão do requinte, os objetos de decoração passam a ter linhas modernas. 

Chiparus

Mesmo quando feitos com bases simples, como concreto armado e compensado de madeira, ganham ornamentos de bronze, mármore, prata, marfim e outros materiais nobres.

Durante a 2ª Guerra Mundial (1939-1945) o art déco sai de moda, mas, no fim da década de 60, colecionadores do mundo todo voltam a se interessar pelo estilo.
Texto de: 

Arte Déco e Arte Nouveau





Art Déco.
Outros Nomes
Arts Décoratifs; Style 1925

Definição
O termo art déco, de origem francesa (abreviação de arts décoratifs), refere-se a um estilo decorativo que se afirma nas artes plásticas, artes aplicadas (design, mobiliário, decoração etc.) e arquitetura no entreguerras europeu.
O marco em que o "estilo anos 20" passa a ser pensado e nomeado é a Exposição Internacional de Artes Decorativas e Industriais Modernas, realizada em Paris em 1925. O art déco liga-se na origem ao art nouveau.
Derivado da tradição de arte aplicada que remete à Inglaterra e ao Arts and Crafts Movement, o art nouveau explora as linhas sinuosas e assimétricas tendo como motivos fundamentais as formas vegetais e os ornamentos florais.
O padrão decorativo art déco segue outra direção: predominam as linhas retas ou circulares estilizadas, as formas geométricas e o design abstrato. Entre os motivos mais explorados estão os animais e as formas femininas. Nesse sentido, é possível afirmar que o estilo "clean e puro" art déco dirige-se ao moderno e às vanguardas do começo do século XX, beneficiando-se de suas contribuições.
O cubismo, a abstração geométrica, o construtivismo e o futurismo deixam suas marcas na variada produção inscrita sob o "estilo 1925". O vocabulário moderno e modernista combina-se nos objetos e construções art déco com contribuições das artes hindu, asteca, egípcia e oriental, com inspiração no balé russo de Diaguilev, no Esprit Nouveau de Le Courbusier (1887 - 1965) e com a reafirmação do "bom gosto" estabelecido pela Companhia de Arte Francesa (1918).
O art déco apresenta-se de início como um estilo luxuoso, destinado à burguesia enriquecida do pós-guerra, empregando materiais caros como jade, laca e marfim. É o que ocorre, nas confecções do estilista e decorador Paul Poiret, nos vestidos "abstratos" de Sonia Delaunay (1885 - 1979), nos vasos de René Lalique (1860 - 1945), nas padronagens de Erté. A partir de 1934, ano de realização da exposição Art Déco no Metropolitan Museum de Nova York, o estilo passa a dialogar mais diretamente com a produção industrial e com os materiais e formas passíveis de serem reproduzidos em massa.
O barateamento da produção leva à popularização do estilo que invade a vida cotidiana: os cartazes e a publicidade, os objetos de uso doméstico, as jóias e bijuterias, a moda, o mobiliário etc. Se as fortes afinidades entre arte e indústria e entre arte e artesanato, remetem às experiências imediatamente anteriores da Bauhaus, a ênfase primeira na individualidade e no artesanato refinado coloca o art déco nas antípodas do ideal estético e político do programa da escola de Gropius, que se orienta no sentido da formação de novas gerações de artistas de acordo com um ideal de sociedade civilizada e democrática.
A despeito de seu enraizamento francês, os motivos e padrões art déco se expandem rapidamente por toda a Europa e pelos Estados Unidos, impregnando o music hall, o cinema de Hollywood (onde Erté vai trabalhar em 1925), a arquitetura (por exemplo, a cúpula do edifício Chrysler, em Nova York, 1928), a moda, os bibelôs, as jóias de fantasia etc. Assim, falar em declínio do art déco na segunda metade da década de 1930 não deve levar a pensar no esquecimento da fórmula e das sugestões daí provenientes, que são reaproveitadas em decorações de interiores, em fachadas de construções, na publicidade etc.
No Brasil, a obra de Victor Brecheret (1894 - 1955) pode ser pensada com base nas influências que sofre do art déco, em termos de estilização elegante com que trabalha formas femininas (Daisy, 1921) e figuras de animais (Luta da Onça, 1947/1948). Um rápido passeio pela cidade do Rio de Janeiro pode ser tomado como exemplo da difusão do art déco, impresso em vitrais, escadarias, decoração de calçamentos e letreiros. O interior da sorveteria Cavé, no centro da cidade, o Teatro Carlos Gomes, na praça Tiradentes, a Central do Brasil, entre muitos outros, revelam as marcas e motivos art déco.












Art Nouveau.
Outros Nome
Arte Floreal, Arte Nova, Jugendstil, Modernista, Modern Style, Style Coup de Fouet, Style Liberty, Style Nouille

Definição

Estilo artístico que se desenvolve entre 1890 e a Primeira Guerra Mundial (1914-1918) na Europa e nos Estados Unidos, espalhando-se para o resto do mundo, e que interessa mais de perto às Artes Aplicadas: arquitetura, artes decorativas, design, artes gráficas, mobiliário e outras.
O termo tem origem na galeria parisiense L'Art Nouveau, aberta em 1895 pelo comerciante de arte e colecionador Siegfried Bing. O projeto de redecoração da casa de Bing por arquitetos e designers modernos é apresentado na Exposição Universal de Paris de 1900, Art Nouveau Bing, conferindo visibilidade e reconhecimento internacional ao movimento. A designaçãomodern style, amplamente utilizada na França, reflete as raízes inglesas do novo estilo ornamental.
O movimento social e estético inglês Arts and Crafts, liderado por William Morris (1834 - 1896), está nas origens do art nouveau ao atenuar as fronteiras entre belas-artes e artesanato pela valorização dos ofícios e trabalhos manuais, e pela recuperação do ideal de produção coletiva, segundo o modelo das guildas medievais.
O art nouveau dialoga mais decididamente com a produção industrial em série. Os novos materiais do mundo moderno são amplamente utilizados (o ferro, o vidro e o cimento), assim como são valorizadas a lógica e a racionalidade das ciências e da engenharia. Nesse sentido, o estilo acompanha de perto os rastros da industrialização e o fortalecimento da burguesia
O art nouveau se insere no coração da sociedade moderna, reagindo ao historicismo da Arte Acadêmica do século XIX e ao sentimentalismo e expressões líricas dos românticos, e visa adaptar-se à vida cotidiana, às mudanças sociais e ao ritmo acelerado da vida moderna. Mas sua adesão à lógica industrial e à sociedade de massas se dá pela subversão de certos princípios básicos à produção em série, que tende aos materiais industrializáveis e ao acabamento menos sofisticado. A "arte nova" revaloriza a beleza, colocando-a ao alcance de todos, pela articulação estreita entre arte e indústria.
A fonte de inspiração primeira dos artistas é a natureza, as linhas sinuosas e assimétricas das flores e animais. O movimento da linha assume o primeiro plano dos trabalhos, ditando os contornos das formas e o sentido da construção. Os arabescos e as curvas, complementados pelos tons frios, invadem as ilustrações, o mundo da moda, as fachadas e os interiores, atestam o balaústre da escada da Casa Solvay, 1894/1899, em Bruxelas, do arquiteto e projetista belga Victor Horta (1861 - 1947); as cerâmicas e os objetos de vidro do artesão e designer francês Emile Gallé (1846 - 1904); a fachada do Ateliê Elvira, 1898, em Munique, do alemão August Endell (1871 - 1925); os interiores do norte-americano Louis Comfort Tiffany (1848 - 1933); as pinturas, os vitrais e painéis do holandês Jan Toorop (1858 - 1928); oCastel Beránger e estações de metrô, de Hector Guimard (1867 - 1942), em Paris; a Casa Milá, 1905/1910, e o Parque Güell, de Antoni Gaudí (1852 - 1926), em Barcelona; a Villa d'Uccle, 1896, do arquiteto e projetista belga Henry van de Velde (1863 - 1957).
Um traço destacado de Van de Velde e de outros arquitetos ligados ao movimento é a idéia modernista da unidade dos projetos, que articula o interno e o externo, a função e a forma, a utilidade e o ornamento. Tanto na sua residência - a Villa d'Uccle - quanto em outros ambientes que constrói -The Havana Company Cigar Store ou a Haby Babershop, 1900, ambas em Berlim -, Van de Velde mobiliza pintores, escultores, decoradores e outros profissionais, que trabalham de modo integrado na construção dos espaços, da estrutura do edifício aos detalhes do acabamento.
O art nouveau é um estilo eminentemente internacional, com denominações variadas nos diferentes países. Na Alemanha, é chamadojugendstil, em referência à revista Die Jugend, 1896; na Itália, stile liberty; na Espanha, modernista; na Áustria, sezessionstil. Os três maiores expoentes austríacos do art nouveau, integrantes da Secessão vienense, são o pintor Gustav Klimt (1862 - 1918), o arquiteto Joseph Olbrich (1867 - 1908) - responsável, entre outros, pelo Palácio da Secessão, 1898, em Viena - e o arquiteto e designer Josef Hoffmann (1870 - 1956), autor dos átrios da Casa Moser, 1901/1903, da Casa Koller, 1902, e do Palácio da Secessão. Os trabalhos de Klimt são emblemáticos do modo como a pintura se associa diretamente à decoração e à ilustração no art nouveau. Suas figuras femininas, de tom alegórico e forte sensualidade - por exemplo, o retrato de corpo inteiro de Emilie Flöge, 1902, Judite I, 1901, e As Três Idades da Mulher, 1908 -, têm grande impacto em pintores vienenses como Oskar Kokoschka (1886 - 1980) e Egon Schiele (1890 - 1918).
Ainda no terreno da pintura, é possível lembrar o nome do suíço Ferdinand Hodler (1853 - 1918) e suas obras de expressão simbolismo como O Desapontado, 1890; os pintores integrantes do grupo belga Les Vingt (Les XX) - James Ensor (1860 - 1949), Toorop e Van de Velde -; e o inglês Aubrey Vincent Beardsley (1872 - 1898), ilustrador, entre outros, da versão inglesa de Salomé, de Oscar Wilde (1854 - 1900).
No Brasil, observam-se leituras e apropriações de aspectos do estilo art nouveau na arquitetura e na pintura decorativa. Em sintonia com o boom da borracha, 1850/1910, as cidades de Belém e Manaus assistem à incorporação de elementos do art nouveau, seja na residência de Antonio Faciola (decorada com peças de Gallé e outros artesãos franceses) seja naquela construída por Victor Maria da Silva, ambas em Belém. Menos que um art nouveau típico, o estilo na região encontra-se mesclado às representações da natureza e do homem amazônicos, e aos grafismos da arte marajoara, como indicam as peças decorativas de Theodoro Braga (1872 - 1953) e os trabalhos do português Correia Dias (1893 - 1935). A casa de Braga em São Paulo, 1937, exemplifica as confluências entre o art nouveau e os motivos marajoaras.
A Vila Penteado, prédio atualmente pertencente à Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo - FAU/USP -, na rua Maranhão, é considerada um dos mais representativos exemplares de art nouveau em São Paulo. Projetada pelo arquiteto Carlos Ekman (1866 - 1940), em 1902, a residência segue o padrão menos rebuscado do estilo sezession austríaco. Na fachada externa, nota-se o discreto emprego de arabescos e formas florais. No monumental hall de entrada, pinturas de Carlo de Servi (1871 - 1947), Oscar Pereira da Silva (1867 - 1939) e ornamentação de Paciulli. Victor Dubugras (1868 - 1933) é outro arquiteto notável pelas construções art nouveau que projeta na cidade, por exemplo, a casa da rua Marquês de Itu, número 80, ou a residência do doutor Horácio Sabino na avenida Paulista esquina com a rua Augusta, ou ainda a estação de ferro de Mairinque, São Paulo, 1906.
No modernismo de 1922, os nomes dos artistas decoradores John Graz (1891 - 1980) e dos irmãos Regina Graz (1897 - 1973) e Antonio Gomide (1895 - 1967), todos alunos de Ferdinand Hodler, evidenciam influências do art nouveau no Brasil. No campo das artes gráficas, alguns trabalhos de Di Cavalcanti (1897-1976) - Projeto para Cartaz (Carnaval), s.d. e de J. Carlos (1884 - 1950) - por exemplo, as aquarelas Um Suicídio, 1914, e Garota na Onda, s.d. - se beneficiam do vocabulário formal da "arte nova".


Exemplos de Art Nouveau:











quarta-feira, 13 de junho de 2012

Cultura Mochica


A Cultura Mochica teve uma vasta influência, mas não está bem esclarecido até que ponto se estendia nas áreas periféricas. Apesar de se terem encontrado objetos de estilo Moche tão para o sul como o vale Huarmey, é provável que não existisse aí uma influência política séria. Encontraram-se grandes quantidades de objetos do estilo Mochica no vale Piura, no Norte, mas nenhum vestígio de arquitetura. Não obstante, os Mochica, serem um povo agressivo. O que é claro não só pela expansão geográfica como pela quantidade de motivos de guerra na sua iconografia, provavelmente muito daquilo que consideramos como estando sob a sua influência deve-se apenas pela arte.


Na costa norte do Peru, o fenômeno Chavín foi seguido pelas culturas Salinar e Gallinazo. Salinar produziu uma cerâmica relativamente simples, com bicos e asas laterais. Gallinazo fez parte de uma muito difundida moda de cerâmica pintada a negativo, que se encontra desde Hacha, no Sul, onde parece ter aparecido em primeiro lugar, até à região de Piura (Vicús), no Norte. A cerâmica pintada em negativo (com um revestimento protetor nas partes que não são pintadas) caracteriza também a cultura Recuay, no Callejón de Huaylas, por cima dos vales costeiros dos Mochica. Batizada com o nome de uma povoação do Callejón, não muito longe de Chavín de Huantar, o estilo Recuay teve algumas raízes na arte Chavín, mas mostrou muitas características individuais. Depois do fim do domínio de Chavín, o templo de Chavín de Huantar foi ocupado por povos Recuay. O estilo Recuay iniciou-se talvez um pouco antes do de Mochica, mas é essencialmente contemporâneo. Um certo número dos motivos da arte Mochica parecem ter sido pedidos emprestados ao estilo Recuay, e sem dúvida que existiram contatos, pois a água do rio para a irrigação dos vales Mochica tinha a sua origem no território Recuay. Esses motivos Recuay são utilizados nas cenas Mochica, que representam o ritual da coca e atividades relacionadas. Pelo menos parte da coca dos Mochica, deve ter vindo do território Recuay, ou passado através dele, numa qualquer altura da sua história.


AS DIFERENÇAS ENTRE MOCHICA E RECUAY.


Considerando a proximidade geográfica e os óbvios contatos, as diferenças entre Mochica e Recuay são interessantes. Recuay produziu conchas de cerâmica, vasos-efígies e potes com figuras na sua parte superior, que eram formas Mochica. Contudo, as formas dos vasos são em geral diferentes: as características típicas dos Recuay são as urnas de bocas reviradas, os recipientes anelares, os recipientes globulares de bicos muito alargados e os bicos que saem da parte superior de alguns recipientes como se fossem a ponta de um funil. Apesar de serem utilizados alguns dos mesmos motivos, parecem transmitir mensagens diferentes. Alguns dos motivos comuns, não associados à coca, são os seguintes: formas semelhantes a casas, figuras segurando em recipientes, um homem com um felino, uma figura a ser picada por abutres e a denominada lua animal.

A REGIÃO E OS LOCAIS.


O local de Moche, perto da moderna cidade de Trujillo, era o centro cerimonial e administrativo do povo Mochica (ou Moche) pelo menos durante uma parte substancial do seu período de importância, desde cerca do tempo de Cristo até por volta de 600 d. C. A Huaca del Sol, ou Pirâmide do Sol, uma enorme estrutura de adobe com 40 metros de altura e pelo menos 350 metros de comprimento - a maior estrutura de adobe sólido em todo o Novo Mundo, foi provavelmente construída ao longo de vários séculos e era muito maior do que o é agora. Hoje ainda resta é talvez um terço do seu tamanho original. Nos nossos dias, a pirâmide tem vista para campos irrigados junto da beira do rio e para o deserto claro e nu que fica do outro lado. A pirâmide está virada para a Pirâmide da Lua (Huaca de la Luna), que fica para lá de um grande espaço, situada logo por baixo de uma colina proeminente, Cerro Blanco; a montanha feita pelo homem que é a Pirâmide do Sol enfrenta a montanha natural. Uma grande formação de “rocha viva” enquadra a face do local virada para o interior, no fim das duas grandes estruturas. Os restos entre as duas grandes pirâmides estão agora cobertos de areia.

Neste vale, e noutros ao longo da custa, os Mochica cultivaram algodão, milho, batatas, amendoins e pimentões por meio da irrigação do deserto costeiro. É claro que a pesca era também uma das principais fontes de subsistência. Fornecia alimentos para consumo imediato pelos povos costeiros e artigos para o comércio com os povos do interior.


OS ESTILOS DA CERÂMICA MOCHICA.

Os estilos da cerâmica dos Mochica foram divididos numa série de cinco fases. Mocho I e II, encontram-se por cima do estrato Gallinazo nos vales Moche, Chicana e Virú, e datam de por volta dos tempos de Cristo ou um pouco antes. A fase mais antiga que se encontra no vale Santa é o Moche III, o que é uma indicação de que a expansão para sul teve lugar por essa altura. O esplêndido local de Paúamarca, no vale Nepeúa, com pinturas murais e vestígios de Moche IV, marca o extremo sul da arquitetura Mochica, apesar de existirem provas (cerâmicas) de uma presença Mochica tão para sul conto Huarmey. Para norte, a situação é mais complexa. Foram encontrados túmulos Mochica em Pacatnamu, o que seria uma indicação de uma normal expansão para norte. Porém, no extremo norte, no vale Piura, foi encontrada cerâmica Mochica muito antiga, bem como alguns dos mais belos trabalhos em metal no estilo Mochica.

Um vasto cemitério, conhecido por Loma Negra, revelou centenas de exemplares de magníficos trabalhos em ouro, prata e cobre. Também nessa mesma região e aparentemente da mesma data (apesar de não se saber se foram encontrados juntos) surgiram cerâmicas decoradas relacionadas com as descobertas no vale Virú. Isto deixa em aberto as possibilidades de o povo Mochica ter chegado ao vale de Moche vindo do Norte, de ter existido uma anterior colônia norte de povos de Moche, ou a de que os povos dos vales de Piura e Moche possam ter dado origem a um terceiro local, ainda não descoberto, talvez a meio caminho. Seja qual for a explicação, houve uma presença Mochica nos vales do Norte cerca dos tempos de Cristo, e verificou-se um abandono do local Moche e uma definida mudança do centro do poder para a região de Lambayeque por volta de 600 d. C.


O SÍTIO ARQUEOLÓGICO DE MOCHE.


O sítio arqueológico está abrigado por uma colina arenosa. Do cimo da sua gigantesca pirâmide principal, a vista perde-se, através do deserto, no mar e no vale cultivado, observa-se também o vale por onde desce o rio e que é limitado pelas montanhas. A maior parte dos sítios arqueológicos andinos encontra-se perto de uma colina, que era um local sagrado e ao mesmo tempo um ponto estratégico, do qual se podia avistar aos arredores. Os primeiros trabalhos arqueológicos em Moche foram realizados, em 1899, por Max Uhle, que descobriu as pinturas da pirâmide da lua (depois desaparecidas) e túmulos na área entre as duas pirâmides. Recentemente tem se apreendido novos projetos de estudo. Moche foi abandonado perto do período intermediário inicial. Galindo, na parte superior do vale, passou a ser o centro local mais importante. Existe ainda uma comunidade próxima de Moche, cujos costumes foram estudados em princípios do século XX como restos dos modelos de comportamento de antepassados pré-colombianos.


A ARTE E A RELIGIÃO.

Os artesãos Mochica encontravam-se entre os melhores do Novo Mundo. Entre eles contavam-se engenhosos ourives que douravam a prata e o cobre com subtileza, bons tecelões, tal como o atestam os poucos restos de têxteis, e notáveis oleiros. As decorações das cerâmicas incluem a modelagem em alto-relevo, os baixos-relevos criados por estampagem e cenas pintadas em superfícies lisas. Alguns vasos eram feitos em moldes, mas muitos eram trabalhados à mão. A variedade de formas era grande, mas as mais elegantes tinham quase todos bicos em estribo. As cerâmicas não só mostram uma grande variedade de formas e decorações como revelam mais sobre os mitos e rituais dos Mochica, do que os artefatos de qualquer outra civilização dos Andes.

O sistema iconográfico básico parece ser o de temas em grupos que por vezes se sobrepõem (como no caso do moderno símbolo dos Jogos Olímpicos). Por exemplo, um grupo pode ter que ver com o ritual da mascagem de folhas de coca, representando por vezes, mas nem sempre, a cabaça e o pau para a lima que era usada com as folhas. Porém, mesmo quando estes artigos estão ausentes, as figuras continuam a ser reconhecidas como sendo do ritual da coca, por causa das roupas características. Algumas cenas de batalha mostram figuras com o vestuário próprio dos rituais da coca. A guerra e a captura de prisioneiros para sacrifícios por decapitação são temas artísticos proeminentes.

O principal deus dos Mochica era uma derivação de Chavin, tal conto muitos outros deuses dos Andes. Tinha caninos de felino e um cinturão com tiras terminadas em cabeças de serpente. Por vezes era representado com as orelhas típicas da arte de Chavín ou com curiosos rebordos em volta dos olhos, que também se encontram em algumas cerâmicas do Horizonte Primitivo.




Em cima, o retrato de um deus Mochica que forma o corpo deste vaso com bicos em estribo. A boca angular e com presas, os olhos com um rebordo, a forma das orelhas e as serpentes na cabeça derivam das representações das divindades Chavín. Estes vasos foram encontrados em túmulos e deviam ser feitos apenas para os funerais.

O FIM DE MOCHE.

No final da fase IV parece ter-se verificado o virtual abandono do local de Moche. Aparentemente, o verdadeiro centro do poder deslocou-se para Pampa Grande, no vale Lambayeque, um antigo local do Horizonte Primitivo. Há algumas provas de que se começou a depositar Lima grande camada de areia sobre Moche e sobre o sistema de canais à sua volta, o que terá impedido a agricultura e forçado a população a abandonar o local. A expansão Huari, que se inicia mais ou menos por esta altura, poderá também ter provocado algumas modificações. É um fato que se verificam mudanças de estilo e de ternas na arte Moche da fase V. O bico em estribo modifica-se ligeiramente, o que não é de surpreender se considerarmos a evolução da forma durante as fases geral menos habilidosa. Uma das principais mudanças de estilo é uma espécie de agorafobia pictórica, em que as cenas pintadas estão tão cheias de pormenores de preenchimento de espaços vazios que por vezes se torna difícil de ler os temas principais. Surgem novos temas e são abandonados os antigos. Durante a fase Moche final, talvez contemporânea dos vasos Moche V, os motivos e estilo de pintura Huari misturaram-se com os motivos e formas Mochica. Mesmo nos vasos Moche V mais puros os pormenores iconográficos, o desenho de um olho, a foto de um ornamento de toucado, surgem os princípios dos estilos Lambayeque e Chimu.

Cultura Astecas



Os sacrifícios humanos integravam a prática religiosa da civilização asteca.

Por Rainer Sousa

Até o século XIII, na porção noroeste do México, observamos a presença de uma pequena tribo seminômade na região Aztlan. Por razões históricas não muito bem esclarecidas, essa população decidiu se deslocar para a direção sul, até alcançar o território do lago Texcoco, no vale do México. Após derrotar algumas populações que dominavam a região, este povo foi responsável pela criação da civilização asteca.
Ao longo de dois séculos de dominação, os astecas formaram um imponente império contendo mais de quinhentas cidades e abrigando mais de quinze milhões de habitantes. Nesse processo de deslocamento, também é importante falar sobre o estabelecimento da agricultura como atividade econômica fundamental. Graças à agricultura, os astecas tornaram-se uma numerosa civilização.
Primeiramente, as técnicas de plantio rudimentares se aliavam a uma latente indisponibilidade de terras propícias ao plantio. Contudo, esse obstáculo foi superado através da dominação do sistema de chinampas. Na chinampa, temos uma esteira posta sobre a superfície das regiões alagadiças. Na parte superior dessas esteiras, a fértil lama do fundo desses terrenos alagados era aproveitada para a plantação.
A dieta dos astecas era basicamente dominada pelo consumo de pratos feitos a partir do milho. Além disso, consumiam um líquido extraído do cacau, conhecido como xocoalt, uma espécie de ancestral do popular chocolate. Tabaco, algodão, abóbora, feijão, tomate e pimenta também integravam a rica mesa dos astecas. Curiosamente, o consumo de algumas carnes era reservado a membros das classes privilegiadas.
Portadores de uma forte cultura voltada ao conflito, os astecas tinham sua sociedade controlada por uma elite militar. O rei era o líder maior de todos os exércitos e exercia as principais funções políticas ao lado de outro líder destinado a criação de leis, a distribuição dos alimentos e a execução de obras públicas. Logo após essa elite política, tínhamos os militares e sacerdotes limitados à elite da sociedade asteca.
Logo em seguida, tínhamos a presença de comerciantes e artesãos que definiam a classe intermediária. O comércio tinha grande importância na civilização asteca, a troca comercial geralmente envolvia gêneros agrícolas, artesanato, tecidos, papel, borracha, metais e peles. Em algumas situações, os comerciantes atuavam como espiões e, por isso, recebiam a isenção de impostos.
Os camponeses ocupavam a mais baixa posição da hierarquia social asteca. Também devemos assinalar a existência de uma pequena população de escravos, obtidos por meio dos conflitos militares. A única via de ascensão acontecia por meio de algum ato de bravura executado em guerra. O soldado era prestigiado com a doação de terras, joias e roupas.
A cultura e o saber dos astecas tiveram expressão nos mais diversificados campos. Assim como os maias, estabeleceram a criação de um calendário que organizava a contagem do tempo e também cunharam um sistema de escrita. Em suma, a escrita deste povo era dotada de um sistema pictórico que combinava o uso de objetos e figuras e outro hieroglífico, sistematizado por símbolos e sons.
A medicina asteca não reconhecia limites e distinções para com as práticas religiosas. Curandeiros e sacerdotes integravam uma rica cultura religiosa cercada por vários dos deuses formadores de uma complexa mitologia fornecedora de sentido a vários eventos e dados da cultura asteca. Em algumas festividades, o sacrifício e o derramamento de sangue humano integravam os rituais astecas.


Cultura Inca


Por Araújo, A. Ana Paula de

Os Incas viveram aproximadamente de 3000 a.C. a 1500 d.C. no Peru, Chile, Bolívia e Equador, mais especificamente naCordilheira dos Andes. Os atuais povos indígenas do Peru são descendentes dos Incas.
Esse povo tornou-se conhecido em todo o mundo pela sua cultura e tradição, pelos objetos de ouro que confeccionavam, pela utilização de pedras em suas obras tais quais estradas nas montanhas, canais de irrigação, etc. Os Incas eram politeístas, ou seja, acreditavam em vários deuses como o trovão, a lua, o mar, o sol, etc. Sacrificavam animais e humanos em honra aos deuses que cultuavam.
A capital do Império Inca chamava-se Cuzco, e lá havia o maior templo de culto ao deus Sol, o principal deus da religião inca.
A sociedade inca era dividida em três grupos, que se organizavam hierarquicamente formando uma pirâmide: na base ficavam os yanaconas, que eram escravos selecionados para proteger seus senhores; na parte do meio da pirâmide ficavam os nobres que eram membros da família do Inca ou descendentes dos chefes de clãs; e os sacerdotes, denominados de “Grande Inca”, ficavam no topo da pirâmide e realizavam culto ao Sol. Eles eram responsáveis pelos cultos religiosos e pela educação dos jovens.
Homens casavam aos vinte anos e mulheres aos dezesseis. Eles mesmos escolhiam com quem casar e ao realizarem a cerimônia recebiam terras para morar.
Aos 10 anos as mulheres passavam por uma seleção. As mais inteligentes e bonitas, sendo da etnia dos Incas, eram escolhidas e mandadas para Cuzco. Lá eram educadas por mulheres mais velhas. Algumas se tornavam esposas do imperador ou de quem ele indicasse, outras permaneciam virgens para participar do culto solar. Estas se empregavam em fiar e tecer.
O restante do povo era responsável pela produção dos alimentos através da agricultura. A produção dividia-se em três partes: uma destinada ao culto do Sol, uma ao Inca e a outra à comunidade. O excedente de produção era armazenado em celeiros para períodos de fome ou para festejos. Eles contavam também com um eficiente sistema de irrigação.
No comércio não era utilizada nenhum tipo de moeda, mas sim nas feiras era de costume trocar alimentos por outros alimentos ou receber alimentos em troca de serviços prestados. Na maioria das vezes, porém, o povo produzia todo o necessário para a sua sobrevivência, dispensando a prática comercial. Apesar disso, os Incas desenvolveram um sistema numérico e um equipamento para auxiliar a contagem: três cordas indicando a dezena, a centena e a milhar, chamadas de “quipus”. Apenas alguns funcionários manuseavam os “quipus”.
A educação dos homens também era dada nas escolas de Cuzco, mas não era como a das mulheres. Era um sistema bem mais severo, não só com aulas sobre a religião, a história, etc., mas também aprendiam a lutar e fabricar armas além de praticarem violentos exercícios que por vezes os levavam até a morte. Estes que passavam por esta educação tinham a sua orelha furada ao terminarem, para indicar que eles faziam parte de uma elite formada por funcionários que eram chefes valorosos para o Império.
Quanto à sua cultura, praticavam diversas danças, como rituais, cada uma com seu significado e em ocasião adequada à mesma de acordo com os costumes e crenças.
O chamado “Vale Sagrado dos Incas” localiza-se nas cidades de Pisac e Machu Picchu, no Peru, prolongando-se por mais de 100km. Encontra-se a uma altura de 2800 metros acima do nível do mar, com temperatura média anual de 18°C. É chamado assim por ser localizado próximo a Cuzco e ser formado pelas correntezas do rio Willkanuta (Casa do Sol), além de possuir milenares centros administrativos, rica flora e fauna, inumeráveis riachos e cachoeiras entre os bosques mais altos do mundo. Os Incas realizavam uma peregrinação até lá por acreditarem que se tratava do rio sagrado. Para eles o rio era o espelho da Via-Láctea, sendo que esta era o rio sagrado no Céu e aquele o rio sagrado aqui na Terra.
A arquitetura do povo inca também é um fato notável. Além dos enormes desníveis no solo da região, aconteciam muitos terremotos, mas este povo foi tão brilhante em suas construções que até hoje elas permanecem. Tanto os vários quilômetros de estrada entre as montanhas, quanto o sistema de irrigação, as pontes, dentre muitas outras construções. A arte destacou-se, como já falamos através dos objetos de ouro, calçados e tecidos.
Embora tenham sido bastante desenvolvidos, não criaram nenhum sistema de escrita.

Cultura Maia



Os maias foram responsáveis por invenções nas mais variadas áreas do conhecimento.

Por Rainer Sousa

Assim como os olmecas, a civilização maia instiga uma série de questões não respondidas aos diversos paleontólogos, historiadores e antropólogos que investigam este povo pré-colombiano. Os indícios da origem da civilização maia repousam nos sítios arqueológicos da península do Iucatã, que datam entre 700 e 500 a.C. Contudo, novas pesquisas admitem uma organização mais remota, estabelecida em 1500 a.C..
Ao contrário de outras grandes civilizações, os maias não se organizaram politicamente através de uma estrutura de poder político centralizado. Em um vasto território que ia da Guatemala até a porção sul do México, observamos a presença de vários centros urbanos independentes. Entre as principais cidades integradas a esse sistema podemos destacar Piedras Negras, Palenque, Tikal, Yaxchilán, Copán, Uxmal e Labná.
O esplendor da sociedade maia é fundamentalmente explicado pelo controle e as disciplinas empregadas no desenvolvimento da agricultura. Entre os vários alimentos que integravam a dieta alimentar dos maias, podemos destacar o milho, produto de grande consumo, o cacau, o algodão e o agave. Para ampliar a vida útil de seus terrenos, os maias costumavam organizar um sistema de rotação de culturas.
O processo de organização da sociedade era bastante rígido e se orientava pela presença de três classes sociais. No topo da hierarquia encontramos os governantes, os funcionários de alto escalão e os comerciantes. Logo em seguida, temos funcionários públicos e os trabalhadores especializados. Na base da pirâmide ficavam os camponeses e trabalhadores braçais.
Os maias tiveram uma ampla gama de conhecimentos desenvolvidos no interior de sua cultura. De acordo com algumas pesquisas, eles utilizavam um sistema de contagem numérico baseado em unidades vigesimais e, assim como os olmecas, utilizavam do número “zero” na execução de operações matemáticas. Além disso, criaram um calendário bastante próximo ao sistema anual empregado pelos calendários modernos.
Um dos grandes desafios para os pesquisadores da civilização maia gira em torno da decifração do seu complexo sistema de escrita. Um dos maiores empecilhos está relacionado ao fato de que os signos empregados podem representar sons, ideias ou as duas coisas ao mesmo tempo. Além disso, indícios atestam que eles utilizavam diferentes formas de escrita para um único conceito.
A arquitetura desse povo esteve sempre muito ligada à reafirmação de seus ideais religiosos. Várias colunas, arcos e templos eram erguidos em homenagem ao grande panteão de divindades celebrado pela cultura maia. A face politeísta das crenças maias ainda era pautada pela crença na vida após a morte e na realização de sacrifícios humanos regularmente executados.
Por volta do século XIII, a sociedade maia entrou em colapso. Ainda hoje, não existe uma explicação que consiga responder a essa última questão envolvendo a trajetória dos maias. Recentemente, um grupo de pesquisadores norte-americanos passou a trabalhar com a hipótese de que a crise desta civilização esteja relacionada à ocorrência de uma violenta seca que teria se estendido por mais de dois séculos.

Barroco Europeu - Alguns países e seus pintores



Valéria Peixoto de Alencar

O surgimento da arte denominada "barroca" ocorreu no século 17, na Itália, provocado por uma série de mudanças econômicas, sociais e, principalmente, religiosas.

Um importante pintor barroco italiano foi Michelangelo Caravaggio (1571-1610). Em suas pinturas podemos perceber as características marcantes do barroco, que, na Itália, foi impulsionado pela reestruturação da Igreja Católica.

Da Itália, o barroco se difundiu pela Europa, manifestando-se de maneiras diferentes em cada país, mas preservando suas características básicas: a teatralidade da obra, o contraste claro-escuro, o realismo, o conflito, o forte apelo emocional, os temas míticos ou religiosos e as cenas cotidianas.


Espanha
Na Espanha, o barroco se desenvolveu principalmente na arquitetura, nos entalhes e nas decorações requintadas das construções, fossem religiosas ou não. Na pintura, teve forte influência do barroco italiano, com predomínio do realismo. O principal pintor barroco espanhol foi Diego Velázquez (1599-1660).




Diego Velázquez, Velha fritando ovos, 1618, óleo s/ tela

Observe no quadro Velha fritando ovos como o pintor consegue realçar as expressões faciais e a teatralidade da cena, ainda que se trate de um acontecimento banal do cotidiano. Neste caso, a expressividade é alcançada por meio de um grande domínio da representação da luz e da sombra, técnica imprescindível na pintura barroca.

Velázquez é muito conhecido por seu quadro As meninas e por pinturas retratando a realeza, pois ele era um dos pintores da corte do rei Felipe 4º, mas nunca deixou de retratar pessoas humildes.


Holanda
Durante o século 17, a Holanda passava por um grande período de desenvolvimento econômico.

Diferente da Itália e da Espanha, que eram países católicos, o protestantismo holandês trouxe algumas dificuldades para os artistas no que se refere à representação de cenas religiosas, mas não as impediu. Tais dificuldades, no entanto, acabaram por gerar belíssimos retratos, paisagens e naturezas-mortas.

Descritivo e realista, o artista holandês não se preocupava com padrões de beleza clássicos, preferindo retratar cenas do cotidiano. Dois importantes pintores do barroco holandês (também chamado barroco flamengo) foram Peter Paul Rubens (1577-1640) e Rembrandt van Rijn (1606-1669).




Rembrandt, A Sagrada Família, 1635, óleo s/ tela

Observe no quadro A Sagrada Família a luminosidade que é dirigida para as figuras de Maria e do Menino Jesus. Rembrandt conseguiu reproduzir em suas telas uma gradação de claridade nunca vista até então.


França
No período barroco, o poder monárquico era extremamente centralizador na França. O Absolutismo francês exerceu forte influência na arte, que deveria ser feita para o rei e os nobres, desprezando tudo que lembrasse pessoas comuns, simples ou humildes. Nicolas Poussin (1594-1665), Georges La Tour (1593-1652) e Claude le Lorrain (1605-1682) são exemplos de pintores desse período.


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Barroco Europeu

As obras dos artistas barrocos europeus valorizam as cores, as sombras e a luz, e representam os contrates. As imagens não são tão centralizadas quanto as renascentistas e aparecem de forma dinâmica, valorizando o movimento. Os temas principais são : mitologia, passagens da Bíblia e a história da humanidade.
As cenas retratadas costumam ser sobre a vida da nobreza, o cotidiano da burguesia, naturezas-mortas entre outros. Muitos artistas barrocos dedicaram-se a decorar igrejas com esculturas e pinturas, utilizando a técnica da perspectiva.
As esculturas barrocas mostram faces humanas marcadas pelas emoções, principalmente o sofrimento. Os traços se contorcem, demonstrando um movimento exagerado. Predominam nas esculturas as curvas, os relevos e a utilização da cor dourada.
Podemos citar como principais artistas do barroco: o espanhol Velázquez, o italiano Caravaggio, os belgas Van Dyck e Frans Hals, os holandeses Rembrandt Vermeer e o flamengo Rubens.
Barroco

Arte da Pintura - Jan Vermeer, c. 1665-1667

Barroco no Brasil

barroco brasileiro foi diretamente influenciado pelo barroco português, porém, com o tempo, foi assumindo características próprias.
A grande produção artística barroca no Brasil ocorreu nas cidade auríferas de Minas Gerais, no chamado século do ouro (século XVIII). Estas cidades eram ricas e possuíam um intensa vida cultura e artística em pleno desenvolvimento.
O principal representante do barroco mineiro foi o escultor e arquiteto Antônio Francisco de Lisboa também conhecido como Aleijadinho. Sua obras, de forte caráter religioso, eram feitas em madeira e pedra-sabão, os principais materiais usados pelos artistas barrocos do Brasil.
Podemos citar algumas obras de Aleijadinho : Os Doze Profetas e Os Passos da Paixão, na Igreja de Bom Jesus de Matozinhos, em Congonhas do Campo (MG). Outros artistas importantes do barroco brasileiro foram: o pintor mineiro Manuel da Costa Ataíde e o escultor carioca Mestre Valentim. No estado da Bahia, o barroco destacou-se na decoração das igrejas em Salvador como, por exemplo, de São Francisco de Assis e a da Ordem Terceira de São Francisco.
Barroco
 
Detalhe de o Cristo do carregamento da Cruz, por Aleijadinho
Barroco

Busto do Profeta Daniel, Aleijadinho
Barroco

Última Ceia, Aleijadinho

Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho

Seu projeto para a igreja de São Francisco, em Ouro Preto, por exemplo, bem como a sua realização, expressam uma obra de arte plena e perfeita. Desde a portada, com um belíssimo trabalho de medalhões, anjos e fitas esculpidos em pedra-sabão, o visitante já tem certeza de que está diante de um artista completo. Além de extraordinário arquiteto e decorador de igrejas foi também incomparável escultor. O Santuário do Bom Jesus de Matosinhos, em Congonhas do Campo, é constituído por uma igreja em cujo adro estão as esculturas em pedra-sabão de doze profetas, cada um desses personagens numa posição diferente e executa gestos que se coordenam. Com isso, ele conseguiu um resultado muito interessante, pois torna muito forte para o observador a sugestão de que as figuras de pedra estão se movimentando.
Barroco
 
Imagem de São Francisco de Paula, Aleijadinho
Barroco
Basílica do Bom Jesus, Aleijadinho

Características da escultura de Aleijadinho

  • Olhos espaçados
  • Nariz reto e alongado
  • Lábios entreabertos
  • Queixo pontiagudo
  • Pescoço alongado em forma de V
Barroco

Profetas, Aleijadinho


Fonte: http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/barroco/arte-barroca-1.php#ixzz1xg9XbW4B