quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Composição

Pessoal, encontrei esse link legal para vocês entenderem melhor sobre composição.É só clicar aqui.  

http://pt.scribd.com/doc/25077890/EDUVIS-COMUNICACAO-II

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Releitura


O que é releitura

A proposta dessa mostra é fazer um convite para se conhecer obras de arte em profundidade e, ao mesmo tempo, usar ao máximo a criatividade individual ao tentar recriá-las.
Um exemplo disso aparece já nas imagens criadas para a página de abertura da mostra, produzidas pelos ilustradores que trabalham no portal. Eles sabem que “reler” uma obra é totalmente diferente de procurar apenas reproduzi-la, pois é preciso interpretar aquilo que se vê e usar a criatividade. Venha fazer isso você também!
É importante observar que, ao recriar uma obra, não é necessário empregar a mesma técnica usada pelo artista. Na releitura de uma pintura, por exemplo, podemos nos valer de outras formas de expressão artística, como a escultura, a fotografia e a colagem.
O mais importante é tentar criar algo novo, sem negar a fonte que serviu de inspiração.
Uma proposta de releitura é também uma ótima oportunidade para estudar e analisar a obra do artista: o tema desse e de outros trabalhos seus, a técnica utilizada, a época em que viveu, detalhes de sua biografia, artistas que admirou, outros artistas de seu tempo...
A releitura não é uma técnica aplicada apenas na educação escolar. Há um sem-fim de casos de grandes pintores, escultores, poetas e músicos que a utilizaram para se aperfeiçoar, homenagear seus mestres ou mostrar sua preferência por alguma obra. Imitar os melhores e brincar com seu estilo, parodiar ou recriar seus trabalhos são atividades presentes na obra de qualquer artista.
No caso das artes, as atividades de releitura possuem um enorme valor educativo e, algumas vezes, geram resultados que se tornam conhecidos e redundam em seqüências de obras, em diferentes tempos e estilos. Um bom exemplo disso é o quadro de Picasso inspirado no famoso Almoço na Relva, de Manet, que o fez relendo um quadro de Rafael que, por sua vez, havia recriado uma obra de arte da Roma Antiga.
Mesmo quando não chegam ao público, essas atividades fazem parte da formação de qualquer artista verdadeiro, que sabe que só se cria o novo a partir de uma boa assimilação do passado.
Enfim, por trás de atividades de releitura de obras de arte de qualidade há uma ideia simples e sensata: ao imitar e reler criativamente os bons artistas, tornamo-nos melhores.

domingo, 5 de agosto de 2012

Texto sobre Arte Déco



Art Déco

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Art Déco foi um movimento que se manifestou na arquitetura, nas artes plásticas, no design gráfico, e no design industrial.
Surgiu na década de 1920 e ganhou força nos anos 30 na Europa e nas Américas.
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Edifícios, esculturas, jóias, luminárias e móveis são geometrizados.
Na arquitetura art déco, as fachadas têm rigor geométrico e ritmo linear, com fortes elementos decorativos em materiais nobres.
Alguns exemplos são o Chrisler Building, o Empire State Building e o Rockefeller Center, em Nova York, e os prédios da Ocean Drive, em Miami Beach.
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Diferentemente da Art Nouveau, mais rebuscada, a Arte Déco tem mais simplicidade de estilo.
CARTIERCHANEL

Tamara Lempicka - 1929
O movimento deve seu nome à Exposição Internacional de Artes Decorativas e Industriais Modernas, realizada em Paris, em 1925.
Na mostra, nus femininos, animais e folhagens são apresentados em cores discretas, traços sintéticos, formas estilizadas ou geométricas.

Sem abrir mão do requinte, os objetos de decoração passam a ter linhas modernas. 

Chiparus

Mesmo quando feitos com bases simples, como concreto armado e compensado de madeira, ganham ornamentos de bronze, mármore, prata, marfim e outros materiais nobres.

Durante a 2ª Guerra Mundial (1939-1945) o art déco sai de moda, mas, no fim da década de 60, colecionadores do mundo todo voltam a se interessar pelo estilo.
Texto de: 

Arte Déco e Arte Nouveau





Art Déco.
Outros Nomes
Arts Décoratifs; Style 1925

Definição
O termo art déco, de origem francesa (abreviação de arts décoratifs), refere-se a um estilo decorativo que se afirma nas artes plásticas, artes aplicadas (design, mobiliário, decoração etc.) e arquitetura no entreguerras europeu.
O marco em que o "estilo anos 20" passa a ser pensado e nomeado é a Exposição Internacional de Artes Decorativas e Industriais Modernas, realizada em Paris em 1925. O art déco liga-se na origem ao art nouveau.
Derivado da tradição de arte aplicada que remete à Inglaterra e ao Arts and Crafts Movement, o art nouveau explora as linhas sinuosas e assimétricas tendo como motivos fundamentais as formas vegetais e os ornamentos florais.
O padrão decorativo art déco segue outra direção: predominam as linhas retas ou circulares estilizadas, as formas geométricas e o design abstrato. Entre os motivos mais explorados estão os animais e as formas femininas. Nesse sentido, é possível afirmar que o estilo "clean e puro" art déco dirige-se ao moderno e às vanguardas do começo do século XX, beneficiando-se de suas contribuições.
O cubismo, a abstração geométrica, o construtivismo e o futurismo deixam suas marcas na variada produção inscrita sob o "estilo 1925". O vocabulário moderno e modernista combina-se nos objetos e construções art déco com contribuições das artes hindu, asteca, egípcia e oriental, com inspiração no balé russo de Diaguilev, no Esprit Nouveau de Le Courbusier (1887 - 1965) e com a reafirmação do "bom gosto" estabelecido pela Companhia de Arte Francesa (1918).
O art déco apresenta-se de início como um estilo luxuoso, destinado à burguesia enriquecida do pós-guerra, empregando materiais caros como jade, laca e marfim. É o que ocorre, nas confecções do estilista e decorador Paul Poiret, nos vestidos "abstratos" de Sonia Delaunay (1885 - 1979), nos vasos de René Lalique (1860 - 1945), nas padronagens de Erté. A partir de 1934, ano de realização da exposição Art Déco no Metropolitan Museum de Nova York, o estilo passa a dialogar mais diretamente com a produção industrial e com os materiais e formas passíveis de serem reproduzidos em massa.
O barateamento da produção leva à popularização do estilo que invade a vida cotidiana: os cartazes e a publicidade, os objetos de uso doméstico, as jóias e bijuterias, a moda, o mobiliário etc. Se as fortes afinidades entre arte e indústria e entre arte e artesanato, remetem às experiências imediatamente anteriores da Bauhaus, a ênfase primeira na individualidade e no artesanato refinado coloca o art déco nas antípodas do ideal estético e político do programa da escola de Gropius, que se orienta no sentido da formação de novas gerações de artistas de acordo com um ideal de sociedade civilizada e democrática.
A despeito de seu enraizamento francês, os motivos e padrões art déco se expandem rapidamente por toda a Europa e pelos Estados Unidos, impregnando o music hall, o cinema de Hollywood (onde Erté vai trabalhar em 1925), a arquitetura (por exemplo, a cúpula do edifício Chrysler, em Nova York, 1928), a moda, os bibelôs, as jóias de fantasia etc. Assim, falar em declínio do art déco na segunda metade da década de 1930 não deve levar a pensar no esquecimento da fórmula e das sugestões daí provenientes, que são reaproveitadas em decorações de interiores, em fachadas de construções, na publicidade etc.
No Brasil, a obra de Victor Brecheret (1894 - 1955) pode ser pensada com base nas influências que sofre do art déco, em termos de estilização elegante com que trabalha formas femininas (Daisy, 1921) e figuras de animais (Luta da Onça, 1947/1948). Um rápido passeio pela cidade do Rio de Janeiro pode ser tomado como exemplo da difusão do art déco, impresso em vitrais, escadarias, decoração de calçamentos e letreiros. O interior da sorveteria Cavé, no centro da cidade, o Teatro Carlos Gomes, na praça Tiradentes, a Central do Brasil, entre muitos outros, revelam as marcas e motivos art déco.












Art Nouveau.
Outros Nome
Arte Floreal, Arte Nova, Jugendstil, Modernista, Modern Style, Style Coup de Fouet, Style Liberty, Style Nouille

Definição

Estilo artístico que se desenvolve entre 1890 e a Primeira Guerra Mundial (1914-1918) na Europa e nos Estados Unidos, espalhando-se para o resto do mundo, e que interessa mais de perto às Artes Aplicadas: arquitetura, artes decorativas, design, artes gráficas, mobiliário e outras.
O termo tem origem na galeria parisiense L'Art Nouveau, aberta em 1895 pelo comerciante de arte e colecionador Siegfried Bing. O projeto de redecoração da casa de Bing por arquitetos e designers modernos é apresentado na Exposição Universal de Paris de 1900, Art Nouveau Bing, conferindo visibilidade e reconhecimento internacional ao movimento. A designaçãomodern style, amplamente utilizada na França, reflete as raízes inglesas do novo estilo ornamental.
O movimento social e estético inglês Arts and Crafts, liderado por William Morris (1834 - 1896), está nas origens do art nouveau ao atenuar as fronteiras entre belas-artes e artesanato pela valorização dos ofícios e trabalhos manuais, e pela recuperação do ideal de produção coletiva, segundo o modelo das guildas medievais.
O art nouveau dialoga mais decididamente com a produção industrial em série. Os novos materiais do mundo moderno são amplamente utilizados (o ferro, o vidro e o cimento), assim como são valorizadas a lógica e a racionalidade das ciências e da engenharia. Nesse sentido, o estilo acompanha de perto os rastros da industrialização e o fortalecimento da burguesia
O art nouveau se insere no coração da sociedade moderna, reagindo ao historicismo da Arte Acadêmica do século XIX e ao sentimentalismo e expressões líricas dos românticos, e visa adaptar-se à vida cotidiana, às mudanças sociais e ao ritmo acelerado da vida moderna. Mas sua adesão à lógica industrial e à sociedade de massas se dá pela subversão de certos princípios básicos à produção em série, que tende aos materiais industrializáveis e ao acabamento menos sofisticado. A "arte nova" revaloriza a beleza, colocando-a ao alcance de todos, pela articulação estreita entre arte e indústria.
A fonte de inspiração primeira dos artistas é a natureza, as linhas sinuosas e assimétricas das flores e animais. O movimento da linha assume o primeiro plano dos trabalhos, ditando os contornos das formas e o sentido da construção. Os arabescos e as curvas, complementados pelos tons frios, invadem as ilustrações, o mundo da moda, as fachadas e os interiores, atestam o balaústre da escada da Casa Solvay, 1894/1899, em Bruxelas, do arquiteto e projetista belga Victor Horta (1861 - 1947); as cerâmicas e os objetos de vidro do artesão e designer francês Emile Gallé (1846 - 1904); a fachada do Ateliê Elvira, 1898, em Munique, do alemão August Endell (1871 - 1925); os interiores do norte-americano Louis Comfort Tiffany (1848 - 1933); as pinturas, os vitrais e painéis do holandês Jan Toorop (1858 - 1928); oCastel Beránger e estações de metrô, de Hector Guimard (1867 - 1942), em Paris; a Casa Milá, 1905/1910, e o Parque Güell, de Antoni Gaudí (1852 - 1926), em Barcelona; a Villa d'Uccle, 1896, do arquiteto e projetista belga Henry van de Velde (1863 - 1957).
Um traço destacado de Van de Velde e de outros arquitetos ligados ao movimento é a idéia modernista da unidade dos projetos, que articula o interno e o externo, a função e a forma, a utilidade e o ornamento. Tanto na sua residência - a Villa d'Uccle - quanto em outros ambientes que constrói -The Havana Company Cigar Store ou a Haby Babershop, 1900, ambas em Berlim -, Van de Velde mobiliza pintores, escultores, decoradores e outros profissionais, que trabalham de modo integrado na construção dos espaços, da estrutura do edifício aos detalhes do acabamento.
O art nouveau é um estilo eminentemente internacional, com denominações variadas nos diferentes países. Na Alemanha, é chamadojugendstil, em referência à revista Die Jugend, 1896; na Itália, stile liberty; na Espanha, modernista; na Áustria, sezessionstil. Os três maiores expoentes austríacos do art nouveau, integrantes da Secessão vienense, são o pintor Gustav Klimt (1862 - 1918), o arquiteto Joseph Olbrich (1867 - 1908) - responsável, entre outros, pelo Palácio da Secessão, 1898, em Viena - e o arquiteto e designer Josef Hoffmann (1870 - 1956), autor dos átrios da Casa Moser, 1901/1903, da Casa Koller, 1902, e do Palácio da Secessão. Os trabalhos de Klimt são emblemáticos do modo como a pintura se associa diretamente à decoração e à ilustração no art nouveau. Suas figuras femininas, de tom alegórico e forte sensualidade - por exemplo, o retrato de corpo inteiro de Emilie Flöge, 1902, Judite I, 1901, e As Três Idades da Mulher, 1908 -, têm grande impacto em pintores vienenses como Oskar Kokoschka (1886 - 1980) e Egon Schiele (1890 - 1918).
Ainda no terreno da pintura, é possível lembrar o nome do suíço Ferdinand Hodler (1853 - 1918) e suas obras de expressão simbolismo como O Desapontado, 1890; os pintores integrantes do grupo belga Les Vingt (Les XX) - James Ensor (1860 - 1949), Toorop e Van de Velde -; e o inglês Aubrey Vincent Beardsley (1872 - 1898), ilustrador, entre outros, da versão inglesa de Salomé, de Oscar Wilde (1854 - 1900).
No Brasil, observam-se leituras e apropriações de aspectos do estilo art nouveau na arquitetura e na pintura decorativa. Em sintonia com o boom da borracha, 1850/1910, as cidades de Belém e Manaus assistem à incorporação de elementos do art nouveau, seja na residência de Antonio Faciola (decorada com peças de Gallé e outros artesãos franceses) seja naquela construída por Victor Maria da Silva, ambas em Belém. Menos que um art nouveau típico, o estilo na região encontra-se mesclado às representações da natureza e do homem amazônicos, e aos grafismos da arte marajoara, como indicam as peças decorativas de Theodoro Braga (1872 - 1953) e os trabalhos do português Correia Dias (1893 - 1935). A casa de Braga em São Paulo, 1937, exemplifica as confluências entre o art nouveau e os motivos marajoaras.
A Vila Penteado, prédio atualmente pertencente à Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo - FAU/USP -, na rua Maranhão, é considerada um dos mais representativos exemplares de art nouveau em São Paulo. Projetada pelo arquiteto Carlos Ekman (1866 - 1940), em 1902, a residência segue o padrão menos rebuscado do estilo sezession austríaco. Na fachada externa, nota-se o discreto emprego de arabescos e formas florais. No monumental hall de entrada, pinturas de Carlo de Servi (1871 - 1947), Oscar Pereira da Silva (1867 - 1939) e ornamentação de Paciulli. Victor Dubugras (1868 - 1933) é outro arquiteto notável pelas construções art nouveau que projeta na cidade, por exemplo, a casa da rua Marquês de Itu, número 80, ou a residência do doutor Horácio Sabino na avenida Paulista esquina com a rua Augusta, ou ainda a estação de ferro de Mairinque, São Paulo, 1906.
No modernismo de 1922, os nomes dos artistas decoradores John Graz (1891 - 1980) e dos irmãos Regina Graz (1897 - 1973) e Antonio Gomide (1895 - 1967), todos alunos de Ferdinand Hodler, evidenciam influências do art nouveau no Brasil. No campo das artes gráficas, alguns trabalhos de Di Cavalcanti (1897-1976) - Projeto para Cartaz (Carnaval), s.d. e de J. Carlos (1884 - 1950) - por exemplo, as aquarelas Um Suicídio, 1914, e Garota na Onda, s.d. - se beneficiam do vocabulário formal da "arte nova".


Exemplos de Art Nouveau: